Os impressionantes recordes do Senhor das Profundezas

Os impressionantes recordes do Senhor das Profundezas

Em abril de 2021, o milionário e aventureiro americano Victor Vescovo, então com 55 anos, acrescentou mais uma façanha ao seu currículo de grandes feitos.

A bordo de um mini-submarino que ele mesmo mandou construir, ao custo de quase 300 milhões de reais, desceu até o mais profundo naufrágio até hoje conhecido, o do destroier americano USS Johnston, afundado pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, que repousa no fundo do mar das Filipinas, a impressionantes 6 456 metros de profundidades.

Nunca ninguém havia feito isso.

Mas Vescovo fez, apenas pelo prazer que sente em visitar as profundezas dos oceanos, e assim, de alguma maneira, ajudar a ciência – além de torná-lo ainda mais famoso, é claro.

“Encontrei o navio com suas armas apontadas para a mesma direção, o que significa que ele afundou disparando contra os inimigos”, disse Vescovo, na ocasião.

Além de ser o naufrágio mais profundo do mundo – pelo menos entre os conhecidos -, o USS Johnston foi um navio emblemático, porque, na época em que foi afundado, era comandado por Ernest Evans, cujos pais foram índios cherokees, e que se tornou o primeiro nativo 100% americano a comandar um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos.

Ao receber a incumbência de comandar o USS Johnston, Evans, que também morreu no ataque, juntamente com outros 185 dos 327 tripulantes do navio, havia prometido lutar até a morte, o que de fato fez, aos 36 anos de idade.

Por isso, recebeu, postumamente, a Medalha de Honra, a mais alta honraria da Marinha Americana.

Para visitar o atual naufrágio mais profundo do mundo, Victor Vescovo usou o mini-submarino DSV Limiting Factor, que tem casco de titânio com nove centímetros de espessura, a fim de suportar a impressionante pressão das grandes profundezas.

Foi o mesmo submarino que ele usou para realizar aquela que, até hoje, foi sua maior façanha.

Entre o final de 2018 e meados de 2019, Vescovo mergulhou, sozinho, nos cinco pontos mais profundos dos cinco oceanos do mundo, incluindo o mais profundo ponto do planeta: a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, quando chegou a impressionantes 10 924 metros de profundidade.

O feito lhe valeu o apelido de “Senhor das Profundezas” e a entrada no Livro do Recordes, como autor do mergulho mais profundo do mundo, embora sua marca tenha sido contestada pelo diretor de cinema James Cameron, também um apaixonado pelas grandes profundezas e o primeiro homem a visitar o Titanic no fundo do mar, navio que ele ajudou a eternizar no cinema.

Cameron havia mergulhado na mesma Fossa das Marianas um pouco antes de Vescovo, e tocou o fundo do mar a 10 908 metros de profundidade – 16 metros a menos que a marca que Vescovo disse ter atingido.

Na ocasião, chamuscado pela fogueira das vaidades que passou a arder entre os dois exploradores submarinos, Cameron alfinetou o milionário americano.

“Ele não pode ter atingido um ponto que não existe”.

Mas a polêmica só fez aumentar a popularidade de Vescovo entre os exploradores modernos.

Trata-se de um aventureiro nato.

Vescovo já caminhou até os dois polos magnéticos do planeta, o Polo Sul e o Polo Norte, e escalou as sete maiores montanhas do mundo, incluindo a mais alta de todas, o Monte Everest.

Com isso, após descer ao ponto mais profundo dos oceanos, tornou-se a única pessoa do mundo que já esteve nos dois pontos mais opostos do planeta: o mais alto e o mais baixo.

“Sempre gostei de desafios”, resume o americano, que já planeja outras incursões mar  adentro.

Mas, o que há nas profundezas dos oceanos?

“Silêncio. Um relaxante silêncio”, contou Vescovo, ao concluir a descida nas Fossas Marianas, em 2019.

“Lá embaixo, a escuridão é total e o silêncio, absoluto. É um ambiente que traz muita paz”, disse o explorador, que, na ocasião, se tornou a quarta pessoa a descer até o ponto mais profundo do planeta.

Os dois primeiros foram o americano Don Walsh e o francês Jacques Picard, que, em 1960, durante uma expedição promovida pela Marinha Americana, chegaram ao fundo da Fossa das Marianas a bordo de um batiscafo, uma espécie de avô dos atuais mini-submarinos, e que funcionava feito uma espécie de balão ao contrário.

Mas os dois pouco viram, porque, sem câmeras e com uma única janelinha do tamanho de uma moeda, praticamente não enxergaram nada.

Mesmo assim, visualizaram uma nova espécie de peixe, quase transparente, e comprovaram que mesmo no ponto mais inóspito e profundo do planeta há vida.

Foi a maior herança deixada por aquele histórico mergulho, 63 anos atrás.

Já Vescovo conta com a ajuda da alta tecnologia e nenhum problema financeiro para seguir adiante com o projeto continuar mergulhando em pontos dos oceanos onde ninguém jamais esteve, aumentando assim ainda mais a coleção de feitos do cada vez mais famoso Senhor das Profundezas.

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Sensacional! Difícil parar de ler”.
Amyr Klink, navegador

“Leitura rápida, que prende o leitor”.
Manoel Júnior, leitor


“Um achado! Devorei numa só tacada”.
Rondon de Castro, leitor

“Leiam. É muito bom!” 
André Cavallari, leitor

10 dias debaixo d´água. E vivos!

10 dias debaixo d´água. E vivos!

O mergulho no mar mais longo da História aconteceu em setembro de 2005, na ilha italiana de Ponza.

O casal de mergulhadores italianos, Stefano Baresi, então com 37 anos, e Stefania Mensa, de 29, passou nada menos que dez dias consecutivos debaixo d´água, durante um experimento para avaliar as reações do organismo humano aos mergulhos prolongados.

Eles ficaram um total de 240 horas submersos, ligados à superfície apenas por mangueiras de ar.

Para se alimentar, usavam um batiscafo estacionado um pouco acima deles, a oito metros de profundidade, e, para dormir, inflavam as roupas de borracha feito bexigas, mas eram contidos por redes submersas, para não subirem involuntariamente à superfície.

No fundo do mar, tinham cadeiras e algum mobiliário fixo, e só saiam de lá por alguns minutos ao dia, para testes de saúde e necessidades fisiológicas, dentro do batiscafo.

“À noite, sempre sonhávamos que o ar estava acabando”, brincou Stefania, ao final da curiosa experiência.

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