Em outubro de 1901, a professora aposentada americana Annie Edson Taylor, então com 63 anos, teve uma ideia insana para ficar rica e famosa: entrar num barril de madeira e se deixar levar pela correnteza até a maior e mais famosa cachoeira dos Estados Unidos, as Cataratas do Niágara, de 50 metros de altura, na fronteira com o Canadá. E foi o que ela fez, depois de fazer um teste, enviando, primeiro, o seu gato. E ambos sobreviveram.
Famosa, aquela aloprada professora, que passou a ser chamada de a “Heroína das Cataratas do Niágara”, realmente ficou – rica, nem um pouco. Mesmo assim, sua estripulia quase suicida deu início a uma verdadeira mania: a de se atirar cachoeira abaixo na quarta maior queda d´água do mundo em volume de água, mais até do que as Cataratas do Iguaçu, só para ver o que acontece.
Até hoje, intencionalmente, 17 malucos já fizeram isso – outros tantos também despencaram de propósito, mas como puro suicídio. Nem todos, porém, tiveram o mesmo sucesso daquela professora pioneira.
O segundo a experimentar a doida sensação de despencar de uma altura de 20 andares sob um turbilhão de toneladas de águas furiosas, o também americano Bobby Leach, até que teve sorte: foi resgatado “apenas” com o maxilar e os dois joelhos quebrados e passou seis meses hospitalizado.
Já, do terceiro, tudo o que se conseguiu recuperar foi seu braço direito, ainda preso às tiras que ele havia instalado dentro do barril para (tentar) se segurar durante a queda. E o seguinte foi ainda pior: o barril de George Stathakis ficou preso atrás da cortina d’água da cascata, girando alucinadamente durante 18 horas, até que seu corpo pode ser recuperado – totalmente triturado.
Desde então, saltar nas Cataratas do Niágara passou a ser crime sujeito a pesada multa, tanto no lado americano quanto no canadense, este o favorito dos candidatos a defuntos, já que tem menos pedras no fundo. Mesmo assim, elas continuaram acontecendo.
Quinze anos atrás, o americano Kirk Jones se atirou na água sem proteção alguma – sequer dentro do icônico barril. E, contrariando todas as probabilidades, também sobreviveu, com apenas algumas costelas quebradas.
Mas a mesma sorte não teve o remador Jesse Sharp, que, depois de ter sido impedido pela família, que chamou a polícia e impediu a tentativa, voltou dez anos depois às Cataratas de Niagara e, desta vez, conseguiu o seu intento: despencou da cachoeira a bordo de um insólito caiaque. Seu corpo jamais foi encontrado.
Foto: Reprodução
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