Na véspera do Natal de 2000, o submarino Tonelero S21, da Marinha do Brasil, comprado 30 anos antes por 40 milhões de dólares, afundou pateticamente junto ao cais da própria corporação, na Baía de Guanabara, vítima de uma inacreditável sucessão de falhas durante uma simples operação de manutenção do seu sistema de tanques de lastros.

O primeiro erro foi realizar a operação à noite – e não durante o dia, como recomendado. E o segundo, comandá-la de dentro do próprio submarino, e não de fora, o que tornou impossível monitorar visualmente a linha d´água do casco.

Segundo a Marinha, o problema aconteceu “por uma falha no sistema hidráulico de controle de válvulas”, que fez com que os tanques de lastro não recebessem nenhuma injeção de ar, só de água. Mas foram abertos mais de um tanque ao mesmo tempo, o que também contrariava as normas.

Por fim, o erro mais grave: uma das escotilhas foi deixada aberta, o que fez a água invadir o interior do submarino, quando o peso dos lastros atingiu o limite máximo.

Apesar das dimensões do acidente, não houve vítimas – até porque apenas um metro separava o submarino do cais, e todos os tripulantes só tiveram que dar um passo para atingir a terra-firme. Nem tampouco punição aos envolvidos naquela desastrada operação.

Seis meses depois, após ser içado do fundo do cais, o Tonelero S21 foi desativado e vendido como sucata.

Foto: Poder Naval

O barco que só ficou visível por três dias

O barco que só ficou visível por três dias

paradeiro final da escuna R. Kanters, que desaparecera durante outra tempestade na região, mais de um século antes. A tormenta remexeu o fundo de areia na beira do lago, na altura da pequena cidade de Holland, e fez aflorar parte do grande casco de madeira do barco,...

ler mais
O remador que só perdeu para a corrida da Lua

O remador que só perdeu para a corrida da Lua

O in­glês John Fair­fax sempre teve a aven­tu­ra no san­gue. Quando jovem, entre outras estripulias, viveu sozinho na selva, feito Tarzan, tentou vir de bicicleta dos Estados Unidos para a América do Sul, contrabandeou armas e cigarros nas ilhas do Caribe e, para...

ler mais
O maior dos mistérios dos Grandes Lagos

O maior dos mistérios dos Grandes Lagos

  Os Grandes Lagos Americanos, entre os Estados Unidos e o Canadá, não têm esse nome por acaso. Juntos, eles concentram o maior volume de água doce represada do planeta e, nos dias de tempestades, nem de longe lembram a placidez habitual de um lago. Ao contrário,...

ler mais
A grande trapaça na maior das regatas

A grande trapaça na maior das regatas

Em maio de 1967, o velejador inglês Francis Chichester virou ídolo na Inglaterra ao completar a primeira circum-navegação do planeta velejando em solitário, com apenas uma escala. O feito, até então inédito, animou os velejadores a tentar superá-lo, fazendo a mesma...

ler mais