No primeiro dia de fevereiro de 1960, o radar do navio patrulha Murature, da Armada Argentina, detectou a presença de um submarino nas águas do Golfo Nuevo, no litoral sul daquele país.

Como não havia nenhuma informação sobre a presença de um submarino atuando na região, o navio tentou um contato.

Mas não teve resposta.

Novas tentativas foram feitas e igualmente ignoradas.

Frente àquele estranho silêncio, os militares decidiram agir com mais veemência.

Bombas de alerta foram lançadas na água.

Mas o misterioso submarino permaneceu mudo, debaixo d´água, embora facilmente detectável.

Chegaram, então, aviões militares.

Do alto, eles viram o intruso navegando, lentamente, a baixa profundidade.

Mas não conseguiram identificá-lo.

A caçada, estilo gato e rato, durou dois dias.

No terceiro, o submarino tentou escapar do cerco argentino.

Mas foi perseguido e se abrigou nas profundezas.

Continuou, porém, na região, como indicava o radar do Murature.

Enquanto isso, o governo argentino consultou os Estados Unidos, já que eram tempos da Guerra Fria com a Rússia.

Mas os americanos negaram que o submarino fosse deles.

E os russos, também.

Ao mesmo tempo, surgiram rumores de que um certo casal havia recolhido um mergulhador morto no litoral de Puerto Madryn, cidade próxima das águas que estavam sendo frequentadas por aquele sinistro intruso.

Seria um dos tripulantes do submarino em alguma missão secreta que não deu certo?

Isso nunca foi comprovado.

Nem mesmo se o tal casal existiu de fato.

Dezessete dias depois de ter sido avistado pela primeira vez, o tal submarino permanecia em águas argentinas – uma ousadia que beirava o deboche, já que a Armada Argentina empenhava cada vez mais barcos e aviões naquela patética busca, que apenas repetia o que já havia ocorrido ali mesmo, nas águas do Golfo Nuevo, dois anos antes.

Em maio de 1958, outro submarino não identificado havia invadido o mar territorial argentino e se escondido naquela região, ensejando uma complexa ação dos militares argentinos, que o teriam caçado, com bombas de profundidade, por um par de dias.

Até que manchas de óleo surgiram na superfície, sugerindo que o tal submarino tivesse sido alvejado e afundado.

Mas, talvez, fosse apenas um estratagema do intruso, para despistar os argentinos e fugir.

Nunca se soube o que aconteceu, nem que submarino era aquele.
O mesmo ocorreu em fevereiro de 1960: um dia, o tal submarino não identificado sumiu dos radares e não mais foi detectado.

Uma semana depois, as buscas foram encerradas – supostamente após um sigiloso novo contato do governo russo com o argentino.

Mas não ficou só nisso.

Logo depois, o presidente dos Estados Unidos visitou a Argentina.

Para muitos, aquela visita teve a ver com o enigma do misterioso submarino, que, até hoje, oficialmente, ninguém sabe qual foi, nem o que estava fazendo naquela obscura baía argentina, em fevereiro de 1960.

Ainda assim, a Armada Argentina comemorou o fato como sendo uma vitória, porque alegou que sua missão era a de “proteger o mar argentino contra invasores”.

Mesmo sem saber quem eram eles.

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