O dinamarquês Peter Madsen sempre foi um homem estranho, engenhoso e irrequieto.

No início dos anos 2000, decidiu que construiria um foguete doméstico e quase concluiu a obra.

Só não o fez porque, no meio do caminho, mudou radicalmente de objetivo e passou a construir um submarino.

Em 2008, ele ficou pronto: o Nautilus, o maior submarino privado do mundo, com 18 metros de comprimento.

Madsen teve, então, os seus 15 minutos de fama.

Mas nada perto do que aconteceria com ele nove anos depois: um dos mais pavorosos crimes da história recente da Dinamarca – país que é um reino de paz e tranquilidade.

Em 10 de agosto de 2017, a jornalista sueca Kim Wall embarcou no submarino de Madsen, para fazer uma reportagem sobre o seu criativo engenho.

E nunca mais foi vista com vida.

Tudo o que restou da jornalista nas semanas seguintes foram macabros pedaços do seu corpo boiando no mar da Dinamarca dentro de sacos plásticos, que Madsen, após esquartejá-la, dentro do próprio submarino, tentou fazer com que afundassem, colocando pesos nas embalagens.

Primeiro surgiu o torso, sem cabeça nem membros, e com perfurações nas costas para que o ar retido dentro dos pulmões da vítima não o fizesse flutuar – além de diversos esfaqueamentos na genitália.

Depois, a cabeça e as pernas, seguida pelos dois braços.

Preso imediatamente, Madsen, a princípio, negou o crime, dizendo que havia desembarcado a jornalista no mesmo dia.

Mas, depois, pressionado, admitiu que ela havia morrido a bordo, mas por conta de um acidente com a escotilha de acesso do submarino, que havia caído sobre sua cabeça.

Mais tarde, ele mudou a versão do acidente para intoxicação por monóxido de carbono na cabine, enquanto pilotava o submarino no topo da torre.

Por fim, admitiu ter decapitado, esquartejado e atirado os restos da vítima ao mar – mas não a matado.

Claro que não convenceu ninguém.

A pavorosa história do genial (afinal, não é todo mundo que conseguiria construir um foguete e um submarino em casa), mas desequilibrado Madsen naquele dia incluiu ainda uma tentativa de suicídio, através do naufrágio proposital do próprio submarino.

Mas na última hora, após já ter aberto algumas válvulas do casco, ele se arrependeu do gesto e pediu socorro a Guarda Costeira dinamarquesa, que o resgatou – e, mais tarde, também ergueu o próprio submarino do fundo da baía de Koge, mas já sem nenhum sinal da jornalista.

Ao ser questionado sobre o motivo do naufrágio, Madsen respondeu com outra de suas mentiras: disse que, após desembarcar a jornalista num restaurante à beira-mar em Copenhague, enfrentou problemas nos tanques de lastro.

O que, de fato, aconteceu dentro daquele submarino (se violência sexual, sadismo, acidente seguido de ocultação de cadáver ou pura e simples execução, movida pela mente doentia de Madsen) só mesmo ele poderia dizer.

Mas não disse.

Nem mesmo após ser condenado a prisão perpétua, num julgamento que chocou a Dinamarca.

Já o Nautilus, depois de transformado em peça de processo criminal, acabou abandonado em um terreno da polícia de Copenhague, como única testemunha de um crime mais que bárbaro.

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