Há 12 semanas, um mistério intriga os moradores de St. John, uma das Ilhas Virgens Americanas, no Caribe: o que aconteceu com a inglesa Sarm Joan Lillian Heslop, uma ex-comissária aérea, de 41 anos, que aparentemente desapareceu do barco onde viva com o namorado, o americano Ryan Bane?

A última notícia que se teve dela foi na madrugada do dia 8 de março, quando o seu namorado ligou para a Guarda Costeira das Ilhas Virgens e para o serviço de emergências dos Estados Unidos, dizendo que havia acordado e constatado que Sarm havia “desaparecido do barco” no qual moravam, então ancorado a menos de 100 metros da praia de Frank Bay, um ponto bastante frequentado pelos veleiros particulares naquela parte do Caribe.

Isso teria ocorrido às 02h30 da madrugada.

Na manhã seguinte, a Guarda Costeira esteve com Bane, mas se limitou a verificar superficialmente os equipamentos de segurança do barco e a fazer uma busca no mar da região – sem nada encontrar.

Estranhamente, porém, Bane só relatou o fato à Polícia da ilha às 11h46 daquele dia, quase dez horas depois do suposto sumiço da namorada.

Por que tamanha demora para comunicar o desaparecimento da companheira à Polícia é a principal – mas não única – pergunta ainda sem resposta neste estranho caso.

E a Polícia local pouco tem feito para esclarecer os fatos.

De acordo com o que Bane, de 44 anos, disse a Polícia, ao ligar para a delegacia no final daquela manhã, o casal havia ido dormir por volta das 22h00, após sair para jantar em terra firme, e ao acordar, no meio da madrugada, ele deu por falta de Sarm a bordo.

“Acho que ela caiu no mar”, disse o americano pelo telefone à Polícia, sem maiores detalhes.

Segundo ele, todos os pertences da namorada, inclusive o celular e passaporte dela, continuavam no barco, bem como o bote de apoio, o que, ao menos a princípio, descartava a hipótese de ela ter fugido enquanto ele dormia – embora isso pudesse ter sido feito à nado, já que eles estavam ancorados bem próximos à praia.

Mas por que ela teria fugido, se, também segundo o namorado, não tinham tido nenhuma briga ou discussão?

“A Sarm sempre foi uma ótima nadadora”, disse, em seguida, uma amiga da inglesa desaparecida. “Mas não imagino por que ela fugiria, muito menos a nado”.

Após o tardio comunicado de Bane, a Polícia local, com ajuda de mergulhadores, donos de outros barcos e até um helicóptero, iniciou as buscas no mar da região, sem também nada encontrar.

Mas, desde então, o namorado tem sistematicamente negado permissão para que a Polícia faça uma perícia no barco, um dos procedimentos mais básicos nesses tipos de caso.

E isso só tem feito aumentar as especulações e teorias sobre o desaparecimento da velejadora inglesa.

Uma delas prega que Sarm Heslop teria simplesmente fugido para outra ilha, ainda que, aparentemente, sem nenhum motivo, já que o dono do restaurante onde eles jantaram na noite que antecedeu o desaparecimento disse não ter testemunhado nenhuma discussão ou desentendimento entre o casal.

E por que ela fugiria sem levar sequer os seus documentos e pertences?

Outra tese defende que a inglesa pode ter sido vítima de uma overdose de entorpecentes, já que o local onde estavam ancorados é particularmente famoso na região pela liberalidade dos seus frequentadores, o que teria levado o namorado a se livrar do corpo, para não ser incriminado pelo uso de drogas.

Ou que, por estar drogada, Sarm poderia ter sofrido uma queda involuntária no mar, e não ter tido condições de retornar sozinha ao barco, enquanto o namorado dormia.

Mas o que mais intriga, além das seguidas negativas de Bane a permitir a vistoria do barco, é o motivo pelo qual ele demorou tanto para comunicar o desaparecimento da namorada à Polícia.

Uma das hipóteses é que ele poderia ter gasto todo aquele tempo vasculhando ele próprio o mar da região, antes de acionar a Polícia.

Ou, talvez, que não estivesse em condições de fazer isso antes, por conta dos efeitos do que eventualmente eles tenham consumido na noite anterior.

Segundo a Guarda Costeira, que esteve com Ryan Bane na manhã seguinte ao suposto desaparecimento de Sarm, ele parecia estar ligeiramente embriagado, embora isso não configurasse nenhum delito, porque o seu barco estava parado.

Mas nem a eles Bane permitiu o acesso ao interior da cabine do barco, o que desmonta o seu argumento de não confiança na Polícia da ilha, e torna ainda mais latente a pergunta que, desde o início de março, todos fazem: o que aconteceu com Sarm Heslop?

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