Na década de 1960, com o intuito de utilizá-lo nas filmagens da recriação do motim mais famoso da História, o do navio inglês HMS Bounty, cuja tripulação se amotinou contra o comandante William Bligh, em abril de 1789, gerando um dos mais famosos episódios já ocorridos nos sete mares, os estúdios de cinema de Hollywood encomendaram uma réplica fiel daquele famoso barco.

O filme foi um sucesso, arrecadou milhões em bilheterias e tornou a réplica do Bounty uma estrela cinematográfica, tal o seu grau de fidedignidade com o barco original.

Mas, após as filmagens, ele foi vendido e passou a fazer cruzeiros recreativos, entre os Estados Unidos e o Caribe, sob o comando do experiente capitão Robin Wallbridge, que conhecia cada parafuso daquela réplica, porque ajudara a construí-la.

Por isso, todos acreditaram que estariam em boas mãos quando, em 21 de outubro de 2012, o capitão Wallbridge anunciou que partiria com o barco de Connecticut para a Florida, apesar do furacão Sandy, que se aproximava da costa Leste americana.

“Se o capitão decidiu partir é porque sabe que está tudo sob controle”, pensaram os demais 15 tripulantes do barco, que, mesmo tendo a opção de não embarcar, se uniram a Wallbridge naquela viagem.

O plano de Wallbridge era avançar velozmente para o alto-mar e contornar o furacão, daí a pressa em partir.

Mas, quatro dias depois, a super-tormenta mudou repentinamente de rumo e colheu o grupo ao largo da Carolina do Norte, num trecho morbidamente apelidado de “Cemitério do Atlântico”.

Logo, as bombas de porão não deram conta do volume de água que entrava no casco e o ex-Bounty do cinema afundou fulminantemente, deixando todos os seus ocupantes na água, a mercê das ondas monstruosas e desencadeando uma das maiores operações de busca e salvamento no mar da História recente da Guarda Costeira americana, em meio a uma sequência de tempestades assustadoras.

Ao final da operação, o saldo não deixou de ser trágico.

Dos 16 ocupantes do cinematográfico barco, 14 foram resgatados com vida.

Mas uma tripulante morreu, e, ironicamente, só o capitão Wallbridge desapareceu – e seu corpo jamais foi encontrado.

A imprudência do comandante do barco custou-lhe a vida.

De certa forma, desaparecer no mar não deixou de ser outra ironia contra Wallbridge, que sempre pregou uma máxima que só ele acreditava.

Dizia que “um barco sempre estaria mais seguro no mar do que parado em um porto”.

Naquele 25 de outubro de 2012, a garbosa réplica do HMS Bounty tratou de contradizê-lo da pior maneira possível.

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