Aconteceu em abril de 2003, durante um desses alegres cruzeiros pelo Caribe, repletos de bebidas e folias.

Tim Sears, um americano de 31 anos, embarcou com um amigo para uma semana de diversões a bordo do transatlântico Carnival Celebration, que seguia para a Ilha de Cozumel, no México, quando, na noite do quinto dia de viagem, caiu no mar de uma maneira que, até hoje, nem ele sabe explicar.

Inexplicável também foi a sorte que ele teve de sobreviver a um tipo de acidente que costuma ser fatal em praticamente 100% dos casos – especialmente quando ninguém a bordo percebe a queda, como foi o caso.

Tudo o que Sears recordou, depois, é que ele havia passado o dia inteiro bebendo muito, e que, à noite, depois de dançar um pouco (e beber ainda mais), resolveu sair para procurar o amigo, no cassino.

Daí para a frente, mais nada.

Quando ele deu por si, estava no meio do mar, só de cueca e camiseta, e sem o navio por perto.

O mais provável é que Sears tenha sido vítima de um apagão, causado pelo excesso de álcool, e caído da varanda de sua cabine, o que por si só representava um quase milagre de sobrevivência, porque o Celebration tinha a altura equivalente a um prédio de dez andares.

Porém, mais incrível do que a queda sem sequelas foi Sears escapar com vida do infortúnio de ficar boiando no mar por horas a fio, já que ninguém no navio percebeu sua ausência até o dia seguinte, quando o navio ancorou na ilha mexicana e o amigo, finalmente, deu por falta dele.

Quando recobrou os sentidos, após a queda do navio, Sears saiu nadando sem rumo, o que fez praticamente a noite inteira.

Quando o dia amanheceu, ele continuou nadando, embora não avistasse terra firme alguma por perto.

Até que, por volta do meio-dia, Sears viu um navio vindo, mais ou menos, na sua direção e juntou forças para nadar ainda mais rápido.

Minutos depois, ao se aproximar do navio em movimento, tentou o impossível: gritar para que alguém o ouvisse.

E não é que isso aconteceu?

Um dos tripulantes do cargueiro Eny estava passando pelo convés justamente naquele instante, quando ouviu os berros e localizou o americano na água.

Sears foi resgatado, após passar 14 horas no mar.

Praticamente no mesmo instante em que sua ausência foi, finalmente, percebida no navio do qual despencara.

Gostou desta história?

Ela faz parte do livro HISTÓRIAS DO MAR – 200 CASOS VERÍDICOS DE FAÇANHAS, DRAMAS, AVENTURAS E ODISSEIAS NOS OCEANOS, que por ser comprado clicando aqui, pelo preço promocional de R$ 49,00 com ENVIO GRÁTIS