O inglês Matthew Webb entrou para a História como o primeiro homem a atravessar o Canal da Mancha a nado, entre a Inglaterra e a França, em 24 de agosto de 1875.

Na ocasião, ele nadou 22 horas praticamente sem parar, ao longo de mais de 60 quilômetros, pois, para compensar as correntezas no canal, teve que nadar em longos ziguezagues.

O feito o transformou em uma celebridade na Inglaterra.
Mas, bem antes disso, o marinheiro Matthew Webb já era reverenciado nos portos ingleses pela sua bravura, força e coragem.

Sempre que alguém precisava de algum tipo de auxílio no mar, lá estava ele para ajudar.

No mais famoso episódio do gênero, Matthew Webb não pensou duas vezes em mergulhar de um navio em movimento, o transatlântico Russia, no qual trabalhava como segundo auxiliar, para tentar salvar um passageiro que caíra nas turbulentas águas do Atlântico Norte, durante uma travessia entre os Estados Unidos e a Inglaterra.

Matthew não conseguiu resgatar o pobre acidentado, mas a iniciativa heroica lhe rendeu a mais alta honraria da Real Sociedade Huminatária, a medalha Stanhope.

O fato tornou Matthew Webb ainda mais admirado no Reino Unido e lhe rendeu o título de “Capitão” Webb, como ele passou a ser respeitosamente chamado, mesmo não tendo direito a tal patente.

E foi assim que o seu nome ficou registrado nos anais dos nadadores que venceram a mais famosa travessia a nado do planeta.

Em seguida, Matthew Webb escreveu um livro, chamado A Arte da Natação, e passou a fazer exibições públicas cada vez mais desafiadoras, como quando passou 128 horas (ou mais de cinco inteiros) boiando dentro de um tanque.

Até que ele decidiu enfrentar o maior de todos os desafios da natação: a travessia dos Whirlpool Rapids, ou “Corredeiras de Hidromassagem”, como os americanos haviam apelidado o trecho mais violento e insano do rio que forma as Cataratas do Niagara, na divisa entre os Estados Unidos e o Canadá.

Naquele trecho, o rio corre com a velocidade de um despenhadeiro abaixo e forma uma sequência de redemoinhos que engolem tudo o que encontram na superfície.

Na prática, uma travessia então tida como praticamente impossível e que já havia engolido outros candidatos.

Mesmo assim, Matthew Webb decidiu tentar.

No final da tarde de 24 de julho de 1883, diante de uma enorme plateia nas margens do rio, ele embarcou em um pequeno barco que o levou até próximo das corredeiras, se despediu com um premonitório “adeus”, e se atirou na água – de onde nunca mais saiu vivo.

A despeito de suas braçadas vigorosas, logo Matthew Webb foi colhido por uma onda poderosa, que o fez ser sugado para dentro do rio e desaparecer submerso.

Seu corpo só foi encontrado quatro dias depois, com um grande corte na testa, o que fez todo mundo deduzir que Matthew havia batido a cabeça nas pedras no fundo do rio e perdido a consciência.

Mas a autópsia revelou que não.

Segundo os legistas, o grande nadador morreu de colapso nervoso, que paralisou os seus movimentos e o fez morreu afogado, ao ser tragado por aquela primeira onda.

Desde então, o corpo do lendário “Capitão Webb” ocupa um jazigo transformado em monumento no cemitério de Oakwood, bem próximo às cataratas que transformaram a sua trajetória de heroicas ousadias em um trágico desenlace.

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